Corridas de touros

Opiniões do <i>sim</i> ao <i>não</i>

O PCP en­tende «não ser acer­tado qual­quer tipo de proi­bição por via legal das tou­radas no nosso País», de­fen­dendo no en­tanto que a «di­visão de opi­niões» e o «ex­tremar de po­si­ções» acon­selha «uma pro­funda re­flexão sobre o tema».

«O PCP ma­ni­festa-se dis­po­nível para esta re­flexão e, tal como no pas­sado, con­tinua em­pe­nhado numa acção per­sis­tente no sen­tido de me­lhorar a pro­tecção dos ani­mais e es­ta­be­lecer uma re­lação mais sau­dável, mais hu­mana, entre os seres hu­manos e os ani­mais», su­bli­nhou o de­pu­tado co­mu­nista Paulo Sá, no pas­sado dia 19 de Ja­neiro, na apre­ci­ação em ple­nário de uma pe­tição com 7217 subs­cri­tores so­li­ci­tando o fim das cor­ridas de touros em Por­tugal.

Com­pro­vando esse facto in­con­tro­verso de que es­tamos pe­rante «uma questão que di­vide a so­ci­e­dade por­tu­guesa» – entre os que vêem na tou­rada «um es­pec­tá­culo de­gra­dante, bár­baro e cruel» e, por outro lado, os que nela en­con­tram um «es­pec­tá­culo ar­tís­tico, pleno de ri­tuais e de sim­bo­lo­gias» –, o de­pu­tado do PCP lem­brou, a pro­pó­sito, um es­tudo de opi­nião re­a­li­zado em Março de 2011 onde se con­cluía que 24,5% dos in­qui­ridos de­fendia a res­trição ou mesmo a proi­bição das tou­radas, en­quanto 56,5% era fa­vo­rável à le­gis­lação vi­gente.

Sem deixar de re­co­nhecer o «apego de muitos por­tu­gueses e de muitas co­mu­ni­dades» à tau­ro­ma­quia», como «parte in­te­grante da cul­tura po­pular», a ban­cada co­mu­nista, con­tudo, como foi sa­li­en­tado, «não ig­nora as opi­niões con­trá­rias de ou­tros sec­tores da so­ci­e­dade».

Contra o fim das cor­ridas de touros ma­ni­fes­taram-se ainda no de­curso do de­bate PS, PSD e CDS-PP. Em sinal con­trário es­teve o BE, a clas­si­ficar o es­pec­tá­culo de «bár­baro», op­tando o PEV por ques­ti­onar a sua va­li­dade como «ver­tente cul­tural».



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